O CFP (Conselho Federal de Psicologia) está revendo as regras da orientação psicológica feita pela internet.
Orientação pela internet não tem garantia de sigilo
Atendimento psicológico na internet começou em 1997
Atendimento psicológico na internet começou em 1997
A entidade não tem dados sobre o número de usuários, mas diz que há uma demanda crescente por esse serviço, regulamentado desde 2005.
A orientação on-line é feita em poucas sessões, para ajudar a resolver uma queixa específica, como problemas escolares dos filhos ou uma separação.
Segundo Carla Biancha Angelucci, presidente do CRP-SP (Conselho Regional de Psicologia de São Paulo), nesse caso não há vínculo como na psicoterapia, esta sim proibida de ser feita pela internet, a não ser em pesquisas acadêmicas.
A psicóloga afirma que o conselho quer definir maneiras de garantir o sigilo do atendimento na internet e estabelecer as formas de atendimento (como e-mail, MSN, Skype e similares).
"Queremos atualizar o texto, que é genérico, porque alguns tipos de comunicação audiovisual não estavam consolidados na época", diz.
Também está na pauta do conselho paulista estabelecer o número máximo de troca de mensagens.
Hoje, psicólogos oferecem diferentes quantidades de sessões on-line ""em uma pesquisa em dez sites, foram encontrados limites que variam de quatro trocas de e-mails a 20 atendimentos de cerca de 50 minutos por MSN.
COMODIDADE
A falta de tempo é o principal motivo de quem busca a orientação on-line, segundo a psicóloga Daniela Julianetti, que oferece o serviço.
"Também ajuda quem é tímido, não quer se deslocar ou mora em outro país."
Para a psicóloga Milene Rosenthal, a orientação imediata é um ponto forte do serviço que oferece.
Foi isso que atraiu a engenheira de softwares Neli Duarte, 31, de São Paulo.
Ela usou o serviço para resolver dificuldades profissionais, mas diz que o atendimento na rede não substitui a psicoterapia presencial, que faz há um ano e meio.
"Lá, o psicólogo pode fazer uma avaliação melhor dos problemas."
Para Julianetti, a distância impede um contato profundo, mas o serviço na rede tem o mérito de aproximar o público da psicoterapia.
Materia retirada do site Folha