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"Conheças todas as teorias, 
domine todas as técnicas, 
mas ao tocar uma alma humana, 
seja apenas outra alma humana."



           Carl Gustav Jung

Nova Síndrome foi Descoberta...!

Doença: SÍNDROME DA FALTA DE CORAGEM PARA ESTUDAR
Etiologia: Estima-se que o curso de Psicologia tenha sido o fator desencadeante da síndrome, devido ao grande número de disciplinas, que por vezes tornam-se desgastantes aos alunos. A síndrome age em comorbidade com várias outras doenças como "preguiça" e/ou "cansaço".

Quadro clínico: Os indivíduos podem apresentar sonolência durante o processo de aprendizado que se dá durante as "aulas", seguido de vertigem sempre que se dirigem ao bar nas noites que antecedem os atendimentos da clínica. Ao se dar conta da data das provas semestrais há o aparecimento de várias alterações do humor e diversos outros sintomas como amnésia repentina, durante a realização de tais avaliações. Tristeza constante e desespero imediato também se fazem presentes, logo após a apresentação de notas abaixo de 6.0 nas médias semestrais. Os sintomas são recorrentes durante os cinco anos de curso até que o indivíduo atinge o chamado "platô", estado, no qual os resíduos dos sintomas acumulados durante os 5 anos de curso permanecem mais estáveis.

Tratamento: O tratamento da síndrome varia de indivíduo para indivíduo. Indica-se fazer terapia, pois o processo terapêutico torna-se essencial nesses casos. Acredita-se que caso os professores responsáveis pelas disciplinas corrijam as provas e relatórios "com carinho", a contribuição para uma melhora dos sintomas e o auxílio no processo de recuperação dos indivíduos seja efetivo. O tratamento medicamentoso só se faz necessário, caso os indivíduos necessitem em se manter acordados, durante a elaboração dos milhões de relatórios.

Prognóstico: O prognóstico nesses casos varia tanto quanto o tratamento. Caso o indivíduo tenha deixado de sair ou viajar com os amigos e família, usando esse "tempo livre" para ler os textos e fazer todas as atividades exigidas, o prognóstico é BOM. Pois ao final de cada ano terá atingido o mínimo exigido pela universidade que é uma média anual de 6,0 pontos. Com o auxílio da terapia, esse indivíduo não sofrerá muito para ser reinserido na sociedade, os sintomas serão rapidamente estabilizados e de forma repentina, principalmente durante as férias. Caso não tenha sido possível ao indivíduo abrir mãos de momentos de lazer como esses, o prognóstico é RUIM, necessitando de acompanhamento médico/psiquiátrico, principalmente após a apresentação da média semestral abaixo de 6,0 pontos, que acarreta em prova SUBSTITUTIVA e no surgimento de complicações posteriores em casos de reprovação, conhecidas como "DP".

GOMES, F. M. C. (2011). Análise do contexto estudantil: relatando o estresse traumático na psicologia. São Paulo: USJT. (1ª ed)   

by Fernanda Gomes