Etiologia: Estima-se que o curso de Psicologia tenha sido o fator
desencadeante da síndrome, devido ao grande número de disciplinas, que
por vezes tornam-se desgastantes aos alunos. A síndrome age em
comorbidade com várias outras doenças como "preguiça" e/ou "cansaço".
Quadro clínico: Os indivíduos podem apresentar sonolência durante o processo
de aprendizado que se dá durante as "aulas", seguido de vertigem sempre
que se dirigem ao bar nas noites que antecedem os atendimentos da
clínica. Ao se dar conta da data das provas semestrais há o aparecimento
de várias alterações do humor e diversos outros sintomas como amnésia
repentina, durante a realização de tais avaliações. Tristeza constante e
desespero imediato também se fazem presentes, logo após a apresentação
de notas abaixo de 6.0 nas médias semestrais. Os sintomas são
recorrentes durante os cinco anos de curso até que o indivíduo atinge o
chamado "platô", estado, no qual os resíduos dos sintomas acumulados
durante os 5 anos de curso permanecem mais estáveis.
Tratamento: O tratamento da síndrome varia de indivíduo para indivíduo.
Indica-se fazer terapia, pois o processo terapêutico torna-se essencial
nesses casos. Acredita-se que caso os professores responsáveis pelas
disciplinas corrijam as provas e relatórios "com carinho", a
contribuição para uma melhora dos sintomas e o auxílio no processo de
recuperação dos indivíduos seja efetivo. O tratamento medicamentoso só
se faz necessário, caso os indivíduos necessitem em se manter acordados,
durante a elaboração dos milhões de relatórios.
Prognóstico: O
prognóstico nesses casos varia tanto quanto o tratamento. Caso o
indivíduo tenha deixado de sair ou viajar com os amigos e família,
usando esse "tempo livre" para ler os textos e fazer todas as atividades
exigidas, o prognóstico é BOM. Pois ao final de cada ano terá atingido o
mínimo exigido pela universidade que é uma média anual de 6,0 pontos.
Com o auxílio da terapia, esse indivíduo não sofrerá muito para ser
reinserido na sociedade, os sintomas serão rapidamente estabilizados e
de forma repentina, principalmente durante as férias. Caso não tenha
sido possível ao indivíduo abrir mãos de momentos de lazer como esses, o
prognóstico é RUIM, necessitando de acompanhamento médico/psiquiátrico,
principalmente após a apresentação da média semestral abaixo de 6,0
pontos, que acarreta em prova SUBSTITUTIVA e no surgimento de
complicações posteriores em casos de reprovação, conhecidas como "DP".
GOMES, F. M. C. (2011). Análise do contexto estudantil: relatando o estresse traumático na psicologia. São Paulo: USJT. (1ª ed)